Ai, que preguiça que tenho dos reacionários, das pessoas que cuidam mais da vida alheia que da sua própria! Se ainda fossem pessoas críticas, indignadas com atos verdadeiramente nocivos realizados pelos outros (quantos exemplos na política, na religião, na economia, na vida cotidiana de maus-tratos a pessoas indefesas e animais?), isso seria útil para fazer do mundo um lugar melhor.
O problema é que se trata de gente (?) preocupada com a intimidade dos outros, com o que os outros são - gays, artistas, esquisitos, criativos, mulheres, negros. E até no caso de condições obviamente não naturais, nem escolhidas: pobres. Para tudo há um horrível juízo de valor: é porque fulano É assim. Por isso tem que apanhar, ser preso, morrer. Por isso está ferrado, está sendo castigado, é demonizado. Não posso com isso.
No caso da aplicação da justiça contra crimes de fato, também vale a discriminação - depende muito do partido, da cara do criminoso, de suas alianças, se ele será julgado ou não. Mensalão só serve para alguns, roubar em grandes obras e não ser investigado é para poucos. Vai ver, com a internet, redes sociais e que tais, as pessoas comuns resolveram agir como os juízes de plantão - como vale o non sense, a falta de argumentos ou simplesmente não enxergar a razão, é que temos visto tantas manifestações racistas, preconceituosas, anacrônicas, horrorosas e inaceitáveis em toda parte.
Sim, essa parcela da humanidade (?), infelizmente cada vez maior, me dá preguiça de existir aqui, agora, com ela.
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