Nunca pensei, de fato, que viveria para ver uma pandemia em meu país. Mas ela veio.
O coronavírus tem uma disseminação rápida como nunca se viu; por isso, apesar da baixa letalidade (a menos que você seja diabético, cardiopata, asmático etc. ou tenha mais de 60 anos), é tão importante o isolamento social, para achatar a curva de crescimento de casos e evitar ao máximo sobrecarregar a já precária rede de atendimento à saúde. Se na Itália a gripe já fez tanto estrago, imagine aqui, imagine se chegar às periferias (e vai chegar).
Para além do fato de termos um presidente louco, egocêntrico e despreparado, algo preocupante é a cultura individualista do povo brasileiro. Teremos um grande teste à frente, o de colocar em primeiro plano o bem-estar coletivo para que menos indivíduos sejam afetados. Não acabar com os estoques de comida, álcool gel e máscaras, por exemplo, pensando que outras pessoas precisam do mesmo. Evitar as aglomerações, ficar em casa (para quem pode). Ser minimamente solidário ao não alastrar a doença por aí.
E manter a sanidade, não se fixando nos pensamentos inevitáveis de catástrofe e desemprego.
Talvez aprendamos a viver com menos, a viver junto, a nos revoltar contra a injustiça.
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